quinta-feira, 17 de abril de 2008

!




Mas um dia se inicia na vida de !, levanta-se e não toma café, observa o céu que lhe traz recordações longínquas, que não se sabe de lá de onde veio tais visões, carros, tanques, e aviões, fragmenta-se e vê mórbidos sonhos pela manhã que passam como finais de tarde de uma longa avenida sem luzes e essa sensação rósea que lhe permanece.

Apressa-se para sair, o caminho sempre é longo, logo tenho que passar por poucas e boas esta manhã está estranha, não posso mesmo me olhar, durante sua ida ao trabalho, sofro como ninguém, que são os outros? Eu pensando sobre os mesmos? Parece que o dia esta ficando melhor, ao longe, vê, uma mulher, seus olhos saltam, lobo esfomeado, delírios e fome, tenta andar devagar para ficar sempre atrás dela, observa, não tem mais o que pensar, por dentro chora, seus dedos lembram de uma masturbação comum entre dias e processos, mantendo o jogo mental ! continua por uns seis minutos e depois como em outro jogo, passa a mulher com rapidez, promete a si mesmo não olhar pra traz, nem termina de dizer as ordens, já olhou, seu rumo prossegue, sem medo e sem dor é isso que almejo cada instante, parece mágico, mas é pura forma, eu e meus dias são como revoltas nada combinadas, onde parei é sempre o meio de onde começar, mas hoje não, um dia depois do outro, um olhar se modifica, hoje é diferente, sem pensar muito entrou num bar pra pedir um refri, o caminho é longo e árduo, pode ser que minha vida seja palha, semana passada perdeu dois amigos um fato que parece corriqueiro, mas que ainda causa um pequeno desconforto, talvez não chore por eles, mas por você !.

Sempre a notícias de dar medo, mas o hábito pode ser adotado, que não sofrer ou pensar sobre pode ser facilmente remediado, ainda falta todo o caminho e nem comecei, certa vez vim andando, por um caminho que não faço mais, longe dos muros e das grades, vi muitos caírem sem serem chamados, o fim é só isso, um cara e uma arma, que pode te acertar de longe e você nem vê o rosto do algoz; feliz que sou que vou morrer sem ser avisado, triste será se o não fizer, farei por minha própria conta, não fui mais por aquele caminho e este parece mais viável, acho que por aqui ser bem na frente, ninguém mata tão na cara assim, tem que ter algo pessoal e não é o meu caso, não mesmo.


Ando sempre neste horário porque a luz não bate tanto nos olhos, que nos deixa mais próximos da razão, a tarde também é o melhor horário para se olhar, mas bem no final da tarde; uma única vez sonhei, um camelo que me pegava e me levava para o outro lado, lá me via aqui e quis atirar em mim, também acho que não sou tão desconhecido assim, sendo tarde pra cessar, sem pestanejar, olhando para frente um movimento de pessoas, automaticamente se joga no chão e mesmo que não pudesse perceber uma fumaça já havia tomado todo o lugar, técnicas, técnicas, esgueirando pelo chão encosta num muro de uma casa em ruínas, qualquer coisa eu pulo aqui , muito rápido o trabalho deles, eu nem percebi, já dominaram todo o lugar; começa a ouvir sons de metralhadora, o quê o preocupa, olha por entre a fumaça lembra-se do que acabava de pensar, mas seus pensamentos esses dias estavam meu curtos, talvez o som, o sol, sempre que podia, contava até dez, era uma forma de se acalmar, esta rotina já lhe era comum, “Sou apenas um dígito”, dizia sempre a si mesmo, mas nestes momentos os pensamentos se tornam mais que matérias e não está nem
um pouco com vontade de morrer, espero não, correndo pra dentro da casa , muito bonita quando inteira , noites e dias sem dormir, fome de vida e dor de orgulho, ódio é algo pouco útil nestes casos, este dia prometia ser um boa oportunidade de mudar de vida ir para o lado dos vencedores, morrer já tendo ganho a guerra e continuar a morrer, este dia pode significar algo novo, mesmo sem ajuda divina, salto de trás do muro e vejo os ocorridos, alguns mortos, eu não, e uma velha conhecida, a mulher de agora à pouco, achei que havia deixado para trás, não estou tão rápido como pensei, veja seu corpo, um ícone da minha nova jornada dentre o outro lado e eu, ela estava bem certa de seu paradeiro, mas não o podia prever, como homem sabendo que tudo passa por minhas mãos sinto que também a matei, e teria o feito se já estivesse lá, mas só por hoje posso ver daqui, de perto, a cor rósea da manhã estampada em sua forma livre e morta rósea é a manhã branca. Ares como esse só se respiram por aqui.



Ficelle

Um comentário:

JIMMY AVILA disse...

Oi DENOVO!!

Agora ve se deixa um comentario seu no meu blog tambem.
Voce ja foi intimado antes e agora nao pode fujir. ha ha ha

ate